Como prometido noutro tópico, e para avaliar dentro do possível se a Nissan está ou não a tentar enganar o cliente subindo milagrosamente as barras de saúde da bateria, fiz um teste de tomada ao meu leaf 30 2016 e farei o mesmo nos próximos dias ao meu outro leaf 30 2017 (este ultimo que vai levar a actualização para não terem de trocar a bateria).
Dados do teste de tomada do leaf 30 2016
KM percorridos: 111.417 km
Ano de construção: 02/2016
Cargas rápidas: 91
Cargas Lentas: 2054
Dados da bateria vazia (contactot aberto)
Dados da bateria a 100% depois de 8h45m com carga a 16A. O Medidor PZEM004 marca 26.19kWh carregados no carro.
Sendo a eficiência do carregador uns 88% a 16A, 0.88*26.19= 23kWh que a bateria meteu la dentro, se considerarmos alguma perdas por aquecimento e erro de medição, os 22kWh que o BMS apresenta não estão nada mal calculados!
Ora 22kWh de 30kWh que devia ter (é o que a nissan tem publico, outros dados são mera especulação) 22/30 = 73%
Se admitirmos que 100% seria apenas 28kWh (acho que é o valor que corre por aí) então a saúde da bateria é de 22/28 = 78.5%, esta sim muito parecida com o que o BMS apresenta!
Próximo passo é fazer o mesmo no carro de 7/2017 e ver se o BMS está efectivamente "muito a baixo" do real ou se não.
Importante também para quem fala da tensão mínima das células é que a 3.2V a energia restante era 0.8kWh e a 2.5V era de 0.3kWh, ou seja, abaixo de 3.2V praticamente não há nada para gastar!
Um assunto completamente diferente e mais útil seria perceber quanto se consegue "tirar da bateria". Esse devido a resistência interna já duvido que chegue sequer ao 20kWh, ou seja, na realidade a energia útil é bem menor e por isso considero que a degradação já anda acima dos 30% pelo que a Nissan não está a cumprir com a expectativa de "70% de capacidade ao fim de 8 anos ou 160mil km".
Reparem que escrevi expectativa, a nissan só dia "4 barras" e depois não diz o que valem as barras, e pior, alteram por software as barras como querem, portanto, só trocam baterias em garantia se quiserem... e não querem obviamente!