Modelo da Mobilidade Elétrica em Portugal

[Nonnus]

Faz sentido ser assim.

Mas indo a legislação não permitir que um OPC benificie o CEME A ou B, imaginemos o seguinte cenario o OPC acorda com o CEME A a colocação de TPA na sua rede, entretanto o CEME B como está a perder clientes pela facilidade de se pagar com multibanco, vai ter com o OPC e exige as mesmas condições do CEME A, como se vai processar nessa situação? vamos ter dois TPA num posto?

O que vai acontecer muito provavelmente é que no TPA vais ter a opção de escolha de CEME a imagem do que se passa na Bombas de Combustível em que escolhes o nº da Bomba no menu.

Tendo vários empresas que são OPC e CEME ao mesmo tempo, vai desvirtuar o objetivo de ter as duas partes separadas, não podemos chegar ao ponto de alguns CEME ao não conseguirem chegar a acordo com OPC desaparecerem?

Eu posso estar enganado mas isto vai ser uma questão de tempo até esta barraca de CEME + OPC + EGME acabar. No inicio, era o cartão único, a 7ª maravilha e afinal tivemos que adaptar uma app para fazer carregamentos ad-hoc e agora já vamos para o TPA, cada vez mais a 7ª maravilha se esta a transformar naquilo que existe lá fora. A nossa sorte é que o modelo permite tudo e mais alguma coisa, com um remendo aqui, outro ali vai-se tornando cada vez mais parecido com que existe no resto do mundo e o cartão único cada vez mais vai perdendo a sua mais valia.

A rede Continente, vai funcionar segundo percebi, com os dois sistemas, mobi.e e Continente. Está-se mesmo a ver alguém usar um cartão CEME e pagar taxa de utilização OPC ao Continente, em vez da app Continente se os preços continuarem a ser iguais ao que tinha-mos até aqui. Mais um remendo

[t3lmo]

Todos os cartões frota (~70% dos cartões emitidos) assim como os estrangeiros, vão optar por usar cartões CEME na rede Continente, já que é única opção que terão de usar esses postos, assim como ter faturas válidas com IVA para abater a 100% nos custos do veículo na empresa.

[Nonnus]

O Continente até aqui a bem pouco tempo o negócio deles era vender arroz, e o carregamento era um serviço prestado aos seus clientes e agora querem transformar os carregadores Continente num carregador igual aos demais. O Continente se não arranjar uma maneira de penalizar quem use os carregadores sem ser cliente (uso da app Continente) esta a desvirtuar o modelo de negócio que projectou. A meu ver a taxa OPC, mais taxa de activação devia de ser altíssima (era o que eu fazia) para esses 70% de cartões não porem lá os pés e não estar a dar dinheiro aos CEMES. Assim tipo o carregador mais caro de Portugal x 2.

[t3lmo]

Na realidade vai ser o contrário em breve, e so irá beneficiar do melhor preço de carregamento, os clientes reais que façam as suas compras no Continente.
Ademais é esse o objetivo da rede Plug&Charge, trazer clientes às lojas, e não outro qualquer utópico relativo ao incentivo da mobilidade elétrica.

[Nonnus]

Na realidade vai ser o contrário em breve, e so irá beneficiar do melhor preço de carregamento, os clientes reais que façam as suas compras no Continente.
Ademais é esse o objetivo da rede Plug&Charge, trazer clientes às lojas, e não outro qualquer utópico relativo ao incentivo da mobilidade elétrica.

Então estamos em sintonia. A ideia não é o Continente ter os 70% de cartões mobi.e a ocupar os carregadores, é ter os cliente app Continente, portanto tem de arranjar uma maneira de penalizar esses 70% de cartões mobi.e.

[BrunoFonseca]

A realidade hoje (pelo menos na Amadora) é um hub de TVDE, e nao de consumidores das lojas continente.

[rimsilva]

Como em tudo que "cheire" a preço mais baixo ou borlas os TVDEs estão lá para dar cabo de tudo (já foi assim no passado e vai continuar a ser, mesmo quando eram alertados e probidos de carregar em determinadas circunstâncias, não queriam saber).

De qualquer forma a continente só não resolve porque não quer, uma vez que até ver, só eles controlam a gestão deste negócio, não têm lá ninguém a tentar meter o bedelho.

[Erbium]

A realidade hoje (pelo menos na Amadora) é um hub de TVDE, e nao de consumidores das lojas continente.

Ou seja, fora da rede mobi.e consegue-se melhores preços mesmo sem recorrer ao mecanismode promoção de lá fazer compras!

[LFN]

A rede Continente, vai funcionar segundo percebi, com os dois sistemas, mobi.e e Continente. Está-se mesmo a ver alguém usar um cartão CEME e pagar taxa de utilização OPC ao Continente, em vez da app Continente se os preços continuarem a ser iguais ao que tinha-mos até aqui. Mais um remendo

Então mas isso não é na mesma ilegal?

[BrunoAlves]

Então mas isso não é na mesma ilegal?

Como é óbvio. Há zero enquadramento legal para um "modelo híbrido" (esperamos que deixe de ser o caso com a efectivação da proposta de regulamento europeu).
Tudo o que se afirme nesse sentido é só "wishful thinking" e o facto de haverem testes técnicos que poderiam resolver a integração do ponto de vista (lá está) técnico, nada disso resolve o problema de fundo que é puramente legislativo.

Se alguém me conseguir explicar, textualmente e não com "o modelo permite", como é que estas redes privadas (não falo só do continente para clarificar) podem operar num modelo híbrido, adorava perceber.
Mesmo. A sério.

Edit: esta ideia do modelo híbrido é no fundo aquilo que a proposta de regulamento europeu prevê, em que os postos estão visíveis no mapa do "ponto de acesso nacional" e podem ser activados por um cartão de um EMSP via plataforma de itinerância electrónica, ao mesmo tempo que o dono do posto tem acesso directo aos clientes e a ofertas verticais com estes.
Actualmente não só não acho que exista enquadramento legal para isto, como fazê-lo era abrir uma caixa de pandora para o resto da rede. Eu adorava que acontecesse