Partilhar conhecimento é a minha profissão, faço-o quase instintivamente. O que me dá mais gozo é aprender, não coisas evidentes, como que o fumo libertado pelos carros provoca ao cancro, mas coisas que jamais me passariam pela cabeça. E se for eu a descobri-las, é uma injeção de realização pessoal. A descoberta do truque malmonástico é, mais do que partilhar conhecimento, construí-lo. É outro patamar. Nasce da observação atenta e persistente, da interrogação sobre o que se está a passar e da descoberta do padrão. Ninguém antes (que eu tenha conhecimento) tinha referido que deixar o carro em repouso um certo tempo depois de um carregamento completo (ou quase), ia provocar um acréscimo significativo (mas ilusório) do RR. Já a poupança em B em circunstâncias de pouca exigência de energia foi compreender o que alguém estava a transmitir e tentar replicar. Também foi aprender mas à que dar os créditos a quem os merece - parabéns tomrh. Eu apenas confirmei os factos que o homem constatou, quando ninguém estava a verificar a veracidade das suas descobertas (a maioria dos membros são do norte da América, e nos i-MiEV da outra banda do Atlântico isto não se verifica). Por acaso também me deu bastante gozo e realização pessoal (ajudar alguém isolado que está com a razão contra meio mundo), porque o homem estava para ali a reclamar uma descoberta e todos a dizer olha que não, isso é impossível, e eu ponho lá os gráficos e o discurso passa a ser, os i-MiEV europeus têm esta capacidade. Não fosse eu a replicar e a mostrar os gráficos e o homem ainda não tinha convencido ninguém, continuava lá a colocar "post" após "post" a sua opinião e os outros a demonstrar-lhe por A + B que isso é impossível. Pena que eu não fosse vivo quando Alfred Wegener imaginou um único supercontinente há 250 M.a., que eu ajudava o homem a demonstrar as suas ideias e ele tinha tido o devido reconhecimento antes de morrer.Orlando Escreveu:A verdade é que todos os dias aprendemos, mas partilhar o conhecimento é muito melhor
E pronto, está criada mais uma estória malmonástica, em que se tentam encontrar pontos comuns entre o que eu vivencio todos os dias com o meu i-MiEV e a forma como se constrói o conhecimento científico.