Diário de bordo - Malm

[Malm]

Amanhã vou estar todo o dia em Coimbra, no Parque da Canção, na companhia de muitos outros elétricos. Levo comigo o CaniOn e o EvBatMon, à disposição de todos. E cerveja fresquinha também.

[TiagoCorreia]

Malm, vais domingo? Abraço

[Malm]

Sim.

[Malm]

Hoje cheguei aos 90.000 km. Foi também dia de descer para os 33,2 Ah, passados exatamente 20 dias de ter baixado para os 33,3. Faça chuva ou faça Sol, por volta do 19º/20º dia aí está menos uma décima. Pelas minhas contas dia 9 de julho vai passar a 33,1.

Este ritmo, para mim, não é para levar a sério. Cá para mim também este valor é uma estimativa, e ele vai corrigi-lo um dia. Não sei é quando, nem para quanto.

[RNM]

Hoje cheguei aos 90.000 km. Foi também dia de descer para os 33,2 Ah, passados exatamente 20 dias de ter baixado para os 33,3. Faça chuva ou faça Sol, por volta do 19º/20º dia aí está menos uma décima. Pelas minhas contas dia 9 de julho vai passar a 33,1.

Este ritmo, para mim, não é para levar a sério. Cá para mim também este valor é uma estimativa, e ele vai corrigi-lo um dia. Não sei é quando, nem para quanto.

Isso equivale a que % da capacidade inicial? 66%?

[Malm]

Sim, se considerarmos 50 Ah iniciais. 33,2/50 = 66%

Mas eu sou adepto de se considerarem 48 Ah iniciais. E nisso, pasme-se, não sou o único. O EvBatMon também considera 48 Ah iniciais e por isso a aplicação dá-me um valor de capacidade restante de 69%.

Mas não acredito muito no valor que o carro está a reportar. Para mim (e mais uma vez sou o primeiro a sugerir tal), ele está a fazer uma estimativa da degradação, com base em valores do passado, e não um verdadeiro cálculo da capacidade que tem diariamente. Um destes dias ele vai fazer um acerto.

E outra coisa, nos i-MiEV a perda de capacidade não corresponde à perda de autonomia, dado o carro não permitir usar muita da energia disponível nos primeiros tempos. Isso quer dizer que apesar de ter um valor inferior a 70% da capacidade, em termos de autonomia perderam-se uns 20% em relação aos primeiros tempos. Que na prática, com a experiência e o utilização do CanIon, fazem com que faça quase exatamente a mesma coisa com ele que fazia há 5 anos.

Estou muito satisfeito com o carro. Apesar de uma degradação significativa nos 3 primeiros anos de utilização, devido aos poucos cuidados na preservação da capacidade, está neste momento a exceder as expectativas. Só o substituirei se aparecer uma avaria grave.

[RNM]

E reclamar garantia não está nos planos?

[Malm]

Sim, a reclamação foi feita ainda no período da garantia. Ainda não me enviaram a resposta. De qualquer das maneiras, será sempre interessante continuar a seguir o comportamento desta, que me parece ter uma fiabilidade bastante boa. Nenhuma das 88 células mostra sinais de fraqueza. Existem vários casos de baterias de 2012 que deram problemas. Esta é de 2011. Para mim, se o carro não vier a ter uma avaria grave, como está serve perfeitamente e vai continuar a servir nos próximos anos. O mais provável é continuar a utilizá-lo por mais 5 anos, e depois começar a pensar em fazer a transição natural para um carro com mais de 300 km de autonomia real, seja ele Opel ou Tesla ou outra coisa qualquer.

[rnlcarlov]

Para mim, se o carro não vier a ter uma avaria grave, como está serve perfeitamente e vai continuar a servir nos próximos anos. O mais provável é continuar a utilizá-lo por mais 5 anos, e depois começar a pensar em fazer a transição natural para um carro com mais de 300 km de autonomia real, seja ele Opel ou Tesla ou outra coisa qualquer.

A minha opção preferida seria que dentro dos próximos anos apareçam aí craques que possam por baterias novas (e com mais capacidade) nestes carros. Ou seja, um paralelo com o que hoje se faz em motas. Será que até lá aparecem estas opções a custos razoáveis?
Quem tiver bola de cristal que apite.

[Malm]

Esse tempo já lá vai. A aparecerem (já existe uma solução desse género), será em pequeníssima escala, sem expressão. Vivemos num tempo em que se privilegia comprar novo em vez de melhorar o velho. Esta primeira geração i-MiEV/Nissan Leaf já faz parte do passado, em breve a existência de carros elétricos com a autonomia real ridícula de 120 km será apenas uma recordação de como atrasada ainda andava há 4 anos a mobilidade elétrica.