Liberalização da rede de carregamento

As discussões relacionadas com a revolução do carro elétrico.
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mjr
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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por mjr » 30 mar 2019, 15:18

jfr2006 Escreveu:
30 mar 2019, 14:58
Não partilho dessa confiança e basta ver que nos PCR apenas houve uma ligeira mudança num deles e nos restante tem-se mantido tudo igual.

Um bom exemplo é o PCR de Coimbra, que essencialmente tem andado às moscas e que tem um preço muito mais caro que os do mesmo operador em Lx...
Em Coimbra não há grande concorrência e também não há, que eu saiba, TVDE nem taxis elétricos que ocupem o posto horas a fio, permitindo rantabilizar o posto. Além disso a Prio.e parece ter uma estratégia de preço global, tal como a Galp e a EDP.

Por exemplo, no Porto o PCR da Prio.e é o mais caro e tem por isso uma utilização menor. Basicamente os TVDE e táxis só lá vão carregar em desespero de causa. Acaba por ficar com esses casos. Não sei se terá melhores resultados que os da Mobilectric, sinceramente duvido. O que existe é claramente uma falta de oferta, e quem tem PCRs nas áreas metropolitanas está a conseguir rentabilizar o investimento.
Nissan Leaf 40 Tekna preto, entregue em 30 de maio de 2018. 51400km em 2024-02-15
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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por BrunoAlves » 30 mar 2019, 15:29

mjr Escreveu:
30 mar 2019, 14:11
Bruno, apesar de aceitar que seria, de facto, mais transparente, temos de assumir que o português médio que compra um carro elétrico (já por si um sinal de inteligência 8-) ) sabe fazer contas simples.
Só discordo do simples :lol: Eu até sou bom em cálculo mental e não sei quanto é que me vai custar o carregamento que vou fazer daqui a bocado num PCR, mesmo sabendo com bastante certeza quanta energia vou sacar ao posto ;) Já se viesse de fumarolas tinha o preço por litro nessa AS anunciado 120km antes. Sim, é diferente, mas sim também, é um carro que vou "abastecer".

Como já disseram atrás, o CEME limita-se a existir e tem demasiada importância no processo.
A comparação com o fornecimento doméstico tem de ser eliminada, é outro tipo de serviço com outra finalidade. Enfim, concordemos em discordar. Não aceito, acho ridículo e vou calar-me :mrgreen:

Só para finalizar: já enviei uma longa mensagem à Churrasqueira Rocha (são meus vizinhos) a explicar porque é que aqueles preços são ridículos e que é o nome deles que está a ser gozado. O Bruno sugeriu no FB contactar a mobiletric a questionar sobre aqueles preços que são muito elevados e estou a contar fazê-lo amanhã. Gostaria que houvesse alguma manifestação neste sentido da UVE, mas aceito que não se queiram meter.
Se forem conduzir, não bebam. Se forem beber, chamem-me!!! :D

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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por mjr » 30 mar 2019, 15:44

BrunoAlves Escreveu:
30 mar 2019, 15:29

Como já disseram atrás, o CEME limita-se a existir e tem demasiada importância no processo.
A comparação com o fornecimento doméstico tem de ser eliminada, é outro tipo de serviço com outra finalidade. Enfim, concordemos em discordar. Não aceito, acho ridículo e vou calar-me.
Não percebo as últimas palavras. Acho que todos devemos defender a nossa opinião usando argumentos que entendemos válidos.

Em Portugal os requisitos para vender eletricidade são, tal como em outros países, bastante complicados. Por isso a própria Tesla cobra em vários países pelo tempo e não ao kW.h. Não é uma invenção portuguesa.

O modelo implementado foi, a meu ver, o que encaixa no modelo existente de venda de eletricidade e permitindo que qualquer pequena empresa (OPC) possa entrar no sistema sem ter de enfrentar todo o processo burocrático e custoso de se tornar vendedor de eletricidade.

Eu as contas que tenho de fazer se carregar na rede pública são muito simples. Para a eletricidade escolho o CEME que me dê as melhores condições, e esqueço essa situação. Depois já só tenho de ver se o custo do OPC é ou não competitivo. Para os que cobram ao minuto só tenho de fazer contas simples de multiplicar o custo por minuto por 60 e dividir pela potência de carga. Ao fim de meia dúzia de vezes já percebo que tudo o que for acima de 0,1€/minuto é muito caro num PCR e já não preciso de fazer mais contas.
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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por ramscosta » 30 mar 2019, 15:44

Mas a UVE mete-se em que»????

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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por BrunoAlves » 30 mar 2019, 15:57

@mjr pensei que o smile verde desse o ênfase de brincadeira à frase que eu queria que tivesse ;) Já manifestei a minha opinião, já a justifiquei (e acho que com argumentos válidos, sem bocas e sem sugestões de tachos - que existem :mrgreen: ) acho que não vale a pena continuar a repetir a mesma coisa ;)

É uma das grandes vantagens da democracia: às vezes estás com a maioria e às vezes não. Desta vez não estou, faz parte :)
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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por mjr » 30 mar 2019, 16:13

Não sei como não "vi" o smiley verde. OK, agora percebi :)
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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por BrunoFonseca » 30 mar 2019, 16:31

mjr Escreveu:
30 mar 2019, 14:11
Bruno, apesar de aceitar que seria, de facto, mais transparente, temos de assumir que o português médio que compra um carro elétrico (já por si um sinal de inteligência 8-) ) sabe fazer contas simples.

A questão de que o CEME fica com tudo também discordo. No modelo doméstico os comercializadores de eletricidade também não são responsáveis pela rede de baixa tensão, pelo transporte nem pela produção de eletricidade. Basicamente compram eletricidade no mercado grossista para depois vender no retalho. Os custos com o transporte, produção, garantias de potência, etc estão todos na TAR, tal como na ME. E esses são custos regulados.

Eu pessoalmente continuo a achar que o uso do carregador deve ser cobrado pelo tempo, tendo em conta que o bem fornecido (eletricidade) é paga à parte. Pelo menos seria assim que eu faria se fosse OPC. E também quereria cobrar o mais possível, desde que esse preço não impedisse as pessoas de lá carregar. E essa é que é a questão. Acham caro? Escolham outro posto. Desse modo quem colocou os preços elevados será forçado a baixar.

Eu não sou adepto de limitar a iniciativa privada, acredito no mercado e por isso estou confiante estas aberrações serão naturalmente corrigidas.
Apesar de não ser um liberal, acredito na chamada "iniciativa privada".
Sim, o OPC deve praticar o valor que achar justo, mas é um erro colocar valores que fazem com que o VE perca a principal vantagem competitiva vs os ICE, que é o preço deo combustível. Desta forma o OPC está a canibalizar o próprio negócio.
Sobre os CEME, achas correcto o mesmo valor kWh nos PCR e nos PCN. Estamos a falar de potencias mais baixas, logo o custo do kWh também deveria ser inferior.

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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por BrunoFonseca » 30 mar 2019, 16:43

BrunoAlves Escreveu:
30 mar 2019, 15:29

Só para finalizar: já enviei uma longa mensagem à Churrasqueira Rocha (são meus vizinhos) a explicar porque é que aqueles preços são ridículos e que é o nome deles que está a ser gozado. O Bruno sugeriu no FB contactar a mobiletric a questionar sobre aqueles preços que são muito elevados e estou a contar fazê-lo amanhã. Gostaria que houvesse alguma manifestação neste sentido da UVE, mas aceito que não se queiram meter.
Mail para a Mobiletric - check

Quanto ao Rocha, acho que o problema não é só dele, mas talvez do OPC que escolheu. Interessante como o Rocha passou de herói no inicio da semana por ser um privado a fazer tal investimento, para vilão passados 3 dias por ter o PCN mais caro da história da mobilidade eléctrica (talvez mundial!)
Em termos de concorrência o Rocha poderá ter alguns constrangimentos, visto que logo ao lado há o Rei dos Leitões com um TDC (gratuito?)

Como eu sou vegetariano não me vejo parar nem num nem noutro.

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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por mjr » 30 mar 2019, 17:36

BrunoFonseca Escreveu:
30 mar 2019, 16:31
Sobre os CEME, achas correcto o mesmo valor kWh nos PCR e nos PCN. Estamos a falar de potencias mais baixas, logo o custo do kWh também deveria ser inferior.
Eu entendo que o preço da energia (CEME) deve ser o mesmo quer seja carga rápida ou lenta. A diferença nesse caso estará no serviço de carga (OPC) onde devido aos custos muito maiores de instalação e manutenção de um PCR (e até a questão da eficiência de carga, que quem paga é o OPC), o custo será tendencialmente muito superior num PCR do que num PCN. Quem paga a potência contratada é o OPC e por isso esse é que deverá repercutir essa questão no preço.
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Re: Liberalização da rede de carregamento

Mensagem por BrunoAlves » 30 mar 2019, 17:42

A diferença de preço entre o Rei e o Rocha dá bem para a alarvidade do preço do carregamento :lol: São restaurantes para públicos diferentes, digo eu.
A minha mensagem para eles foi construtiva (como acho que tem de ser). Não assumi que soubessem ou não dos preços, assumi que não estão familiarizados com veículos eléctricos e expliquei-lhes de forma simples que 100km percorridos com energia do posto deles pode custar 30€.

Acho honestamente que a UVE devia manifestar-se em relação a isto. Não é uma questão de comércio livre, e uma questão de defender os interesses dos utilizadores de veículos eléctricos (que dá nome à associação). E ser possível cobrar 30€/100km a um utilizador de veículo eléctrico é algo que merece ser contestado.
Edit: mais uma vez, porque agora é o posto de um restaurante, daqui a uns meses é a rede toda
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