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Um modelo onde é necessário cartão e contratos está errado...
Consumir e pagar, simples. Há dezenas de métodos diferentes de cobrança já hoje implementados nas próprias bombas de gasolina.

Os comentários que estão em discussão não é sobre o modelo, mas sim como melhorar o atual.

O ponto mais crítico que eu vejo é a forma como a mobie é financiada. Na proposta atual é escondida atrás de cobrança de taxas aos CEME e OPC.

Adicionalmente, como querem receitas garantidas impõem taxas fixas. Ou seja, os OPC investem e têm risco. A mobie não assume risco nenhum.

Isto leva a que os OPC quando instalam um posto de carregamento, para além do risco de não rentabilizar o seu investimento, ainda correm o risco de perder dinheiro para pagar a mobie.

Com a agravante que com as taxas propostas mínimo 500€/mês por posto. Com esta proposta ninguém vai colocar mais postos...

O que eu defendo é que a mobie deveria cobrar uma taxa directa no consumo que fazemos ( por exemplo 2%) Tal como temos um custo quando pagamos no PayPal.

Assim era claro para todos

marcopns Escreveu: ↑

31 ago 2019, 01:56

Um modelo onde é necessário cartão e contratos está errado...
Consumir e pagar, simples. Há dezenas de métodos diferentes de cobrança já hoje implementados nas próprias bombas de gasolina.

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Mais um

ATM, Maquinas de vending sólidos e líquidos, maquinas de tabaco, maquinas de escovas e pastas dentífricas, preservativos, e mesmo até as gasolineiras que vendem sem nenhum operador, fora de horas onde só abastecemos de combustível após a validação do cartão bancário, etc. etc.
Será que seria muito difícil utilizarem um destes exemplos para os postos de carregamento???

Daí que a solução não seja este RME. E é isso que tem de lhes dizer. Até amanhã

vitocril Escreveu: ↑

01 set 2019, 16:36

ATM, Maquinas de vending sólidos e líquidos, maquinas de tabaco, maquinas de escovas e pastas dentífricas, preservativos, e mesmo até as gasolineiras que vendem sem nenhum operador, fora de horas onde só abastecemos de combustível após a validação do cartão bancário, etc. etc.
Será que seria muito difícil utilizarem um destes exemplos para os postos de carregamento???

Que ideia disparatada!
Este modelo é que é perfeito, aliás, vai ser adoptado para tudo o resto!
Quando quiser comprar batatas terá de aderir ao cartão das batatas da loja onde comprar as batatas. A loja terá tambem cartões para as couves, para as cenouras, para as alfaces, ...
No final do mês receberá uma fatura da loja para as batatas, outra para as couves, outra para as cenouras, outra para as alfaces, ...
Se comprou 10kg de batatas receberá uma fatura para +- 10kg, poderá ser de 9kg mas também poderá ser de 11kg.
Nessa fatura terá descriminado:
- o preço que pagou ao agricultor por cada batata
- o preço que pagou ao transportador por cada tonelada
- o preço que pagou ao armazenista por cada metro quadrado
- o preço que pagou ao lojista por cada kilograma
- uma taxa que pagou ao estado por litro de água para a agricultura
Isto sim é inteligência!

pemifer Escreveu: ↑

02 set 2019, 12:37

vitocril Escreveu: ↑

01 set 2019, 16:36

ATM, Maquinas de vending sólidos e líquidos, maquinas de tabaco, maquinas de escovas e pastas dentífricas, preservativos, e mesmo até as gasolineiras que vendem sem nenhum operador, fora de horas onde só abastecemos de combustível após a validação do cartão bancário, etc. etc.
Será que seria muito difícil utilizarem um destes exemplos para os postos de carregamento???

Que ideia disparatada!
Este modelo é que é perfeito, aliás, vai ser adoptado para tudo o resto!
Quando quiser comprar batatas terá de aderir ao cartão das batatas da loja onde comprar as batatas. A loja terá tambem cartões para as couves, para as cenouras, para as alfaces, ...
No final do mês receberá uma fatura da loja para as batatas, outra para as couves, outra para as cenouras, outra para as alfaces, ...
Se comprou 10kg de batatas receberá uma fatura para +- 10kg, poderá ser de 9kg mas também poderá ser de 11kg.
Nessa fatura terá descriminado:
- o preço que pagou ao agricultor por cada batata
- o preço que pagou ao transportador por cada tonelada
- o preço que pagou ao armazenista por cada metro quadrado
- o preço que pagou ao lojista por cada kilograma
- uma taxa que pagou ao estado por litro de água para a agricultura
Isto sim é inteligência!

Agora vamos entrar na teoria da conspiração dos modelos, em que cada um pega no aspecto isolado que lhe apetece, para dizer que é um mau ou muito mau modelo...

Para mim um modelo é a base do funcionamento de algo, que pode ser um sucesso ou um descalabro quando bem ou mal implementado, por N razões (nomeadamente legislação desadequada, ou gestão danosa por falta de estratégia e controlo dos desvios), mas isso não implica que o modelo seja mau.

Neste caso, um modelo centralizado, com uma entidade gestora da rede, com uma única politica de comunicação, funcionamento e controlo da rede é diferente de um modelo descentralizado em que cada operador instala os seus postos, os seus sistemas, os seus métodos de pagamento, etc...

Não é porque se está num modelo centralizado que não se pode pagar o carregamento com cartão, aplicação, moedas, ou outro meio de pagamento qualquer ou não pudesse existir cartões de carregamento num modelo descentralizado.

O problema em Portugal está em questões muito mais estruturantes, por isso não seria um modelo descentralizado que iria mudar as coisas. É fácil perceber que os operadores só vão instalar postos onde podem ter lucro e pouco se importam com se são precisos carregadores em Mirandela, guarda ou Castelo Branco.

Este problema da rede só se resolve com politicas de sustentabilidade e uma estratégia de alargamento da rede, com pés e cabeça.

É aqui que Portugal tem dado constantes tiros nos pés, com a falta de um vontade politica para que a rede apareça (felizmente parece que a UE vai tomar medidas nesse sentido), péssima estratégia nos financiamentos de postos de carregamento (ao decidir financiar instalação de PCR em cidade em vez de espalhar esses PCR's pelas AE de todo o país) e por fim a falta de responsabilização de quem gere dinheiros publico sem qualquer controlo, de forma irresponsável, como tem sido o caso da mobi.e.

Tudo poderia ser diferente, mesmo com este modelo centralizado.

A questão de existirem CEME's e contratos, torna a implementação do modelo centralizado mais complexo e por isso seria importante que a lei fosse revista, mas até lá teremos de viver com isso. Não acho que seja o aspecto mais critico do insucesso da rede de carregamento em Portugal.

Afinal de contas temos em contrato com a Via Verde, pagamos a diferentes concessionárias de AE com base nesse contrato e mesmo assim acho que todos comcordam que temos um serviço do melhor a nível mundial.

rimsilva Escreveu: ↑

02 set 2019, 16:09

Afinal de contas temos em contrato com a Via Verde, pagamos a diferentes concessionárias de AE com base nesse contrato e mesmo assim acho que todos comcordam que temos um serviço do melhor a nível mundial.

Ainda podíamos ter chegado a esse "pedido" do pessoal, pagar com ViaVerde, mas ia dar ao mesmo, depois de ter um contrato (nem que seja feito na hora ao pagar com contacless multibanco, ao preço do ouro, mas satisfaz quem não quer ter um contrato) é fácil e rápido carregar.

São literalmente 30 segundos entre parar o carro, ligar a ficha e validar com o cartão. Se fosse Viaverde não era mais rápido, se fosse pago com MB não era mais rápido (antes pelo contrario, seria mais lento)!

O modelo implementado com vontade e profissionalismo (tipo via verde) estava perfeito.

Não é por causa do modelo que se demora 15 ou mais dias a receber o cartão!
Não é por causa do modelo que boa parte dos CEME são pouco competentes e mostram total desinteresse (até desrespeito pelo consumidor)!
Não é por causa do modelo que a rede MobiE fica em baixo umas horas por mês!
Não é por causa do modelo que só existe 1 PCR por local!
Não é por causa do modelo que os PCN e PCR ficam offline por tempo indeterminado e muitas vezes está online, livre e não funciona!

Podias continuar, mas não vale a pena, está visto.

Já agora, mais umas coisas:
É por causa do modelo que temos só 1 cartão (quem tem + do que 1 é porque quer queimar cabelos para poupar uns cêntimos)
É por causa do modelo que temos dos carregamentos mais baratos da Europa
É por causa do modelo que podemos verificar o estado da rede TODA em segundos no mesmo local
É por causa do modelo que qualquer APP/cartão de carga (estrangeira ou não) pode dar acesso aos seus utilizadores a TODA a rede portuguesa com 1 só acordo de uma vez só (desde que a MobiE CEIIA deixem, mas isso não é culpa do modelo!)

O modelo tem de ser ajustado, sim, para ser mais flexível, talvez aceitar coisas como Tesla SuC na rede, mesmo que seja só para teslas, ao menos estaria legal no pais e poderiam cobrar normalmente os carregamentos.
A seguir vem a IONTY que não cumpre o modelo atual por não ter Chademo! Certo, uns ajustes, mas nada de mais!

E claro, como disse o rimsilva as leis que estão por trás a travar isto também têm de ser alteradas, para não se ficar mais uns anos à espera de resolver o problema da taxa audiovisual