Clubeletricos.com

rimsilva Escreveu: ↑

17 set 2020, 09:54

pemifer Escreveu: ↑

16 set 2020, 17:25

Infelizmente, o que não seria expectável, acontece!
A Tesla não explica as coisas convenientemente aos seus clientes.
Já apanhei um Tesla 3 a carregar num PCR na AC43 porque lhe tinham dito isso na Tesla.
Consegui convencê-los, eram 2 irmãos gémeos, a mudar para CCS, quando viram a diferença na velocidade de carregamento agradeceram-me.
Nesse mesmo fim de semana vi outro Tesla 3 no PCR da Av. de França no Porto a carregar lento como se fosse um PCN.
Se não me falha a memória o Telmo comentou o meu post de Facebook sobre este acontecimento.

Bem dita Tesla, graças a uma empresa privada, que Portugal e a sua rede de carregamentos não está mergulhada no caos!

Acho que conseguimos viver bem com um ou outro utilizador menos informado, imaginem se a Tesla não tivesse investido em SuC's.

Vergonhosa é a politica de um governo que tanto gosta de dizer que aposta na ME e que desde há uns anos não incentiva a instalação de postos nas AE, só o fez nas cidades, tristeza...

Pois, só se fala em política vergonhosa porque todo o sistema é uma estupidez vergonhosa.
Para alimentar a estupidez vergonhosa, só com incentivos, obviamente!
Se eliminarem os CEME da equação, não faltarão postos a aparecer.
Se olharmos para o modelo com olhos de ver, qual é o estímulo para um OPC? Nenhum.
O OPC fica com 100% do investimento, 100% dos custos de operação e 30% da receita, os CEME e o estado, investem 0%, têm 0% dos custos e ficam com 70% da receita!
"Ah mas os CEME têm de passar fatura!"
Tretas! Até com software grátis se passam faturas!

Sugiro a falarem pessoalmente com OPC's e CEME's no próximo ENVE em Lisboa para tirarem essas dúvidas e mitos.

pemifer Escreveu: ↑

17 set 2020, 18:42

Pois, só se fala em política vergonhosa porque todo o sistema é uma estupidez vergonhosa.
Para alimentar a estupidez vergonhosa, só com incentivos, obviamente!
Se eliminarem os CEME da equação, não faltarão postos a aparecer.
Se olharmos para o modelo com olhos de ver, qual é o estímulo para um OPC? Nenhum.
O OPC fica com 100% do investimento, 100% dos custos de operação e 30% da receita, os CEME e o estado, investem 0%, têm 0% dos custos e ficam com 70% da receita!
"Ah mas os CEME têm de passar fatura!"
Tretas! Até com software grátis se passam faturas!

Estou de acordo, tenho essa prespectiva, ainda mais evidente quando um continente apresenta um valor 0,0738€/min para um postos de 22 kW, que se traduz em 0,20€/kWh, este é praticamente o valor que só o CEME cobra na rede publica.

Eu entendo que não é só uma questão de emitir a fatura, que se pretendeu "controlar" a venda de energia, e inventou-se a figura do CEME, para depois o OPC "apenas" prestar o serviço de carregamento.

Só que isso é um contracenso, porque o OPC que pretende efectivamente prestar um serviço de carregamento, necessita de comprar energia e está impedido de o fazer, algo que já não acontece com o continente...

Também será boa ideia deixar de comparar o serviço do continente, que diz algures ser para prestar um melhor serviço aos clientes dos supermercados, isto é, os preços praticados em conjugação com o "tira do cartão, mete no cartão" deles, é um "investimento" para cativar clientes (há quem diga prender clientes, mas só é preso quem não sabe para mais).

Não se pode comparar isto, que pode estar a ser "vendido" quase ao preço de custo, com um carregador publico sem nenhum "outro interesse" que não seja o de prestar o serviço de carregamento.

Já fiz umas contas e cheguei à simples conclusão que esses carregadores do continente estarão pagos e a dar rendimento mais ou menos NUNCA pelo preços praticados. Não se esqueçam que é preciso manter o sistema e tratar de eventuais avarias, o que basicamente como a pouca receita que aquilo terá.

No Lidl a estratégia é diferente, praticado eles o "preço de mercado" dos carregamentos, que continua a ser muito pouco dinheiro para o "dono do posto".

Resumindo, cargas publicas baratas são (na minha opiniao) economicamente inviaveis pelo que é de esperar que a solução seja qualquer coisa como:
Aumentar muito os preços (sim mais caro que o diesel muitas vezes, tipo IONITY),ou
Incentivos estatais fortes (não será solução a longo prazo certamente), ou
A rede ficar como está para sempre!

Então, mas em Espanha há PCR a 0,30€/kWh ... são financiados ?

No caso da Tesla poderíamos dizer que o preço é financiado na compra do carro, mas um Jaguar i-Pace custa o mesmo e ainda assim não têm uma rede com esses valores...

Compreendo que há um custo de manutenção e um custo com seguro(s), mas não me parece que estes custos justifiquem a diferença entre estes carregadores do Continente e os carregadores ligados à Mobi.e !

E ainda falta a taxa para a Mobi.e, que mais dia, menos dia, também entrará na equação...

Com os devidos "filtros" praticamente tudo pode ser comparável, mas que não seja para se chegar à conclusão que os preços actuais da rede publica não poderiam ser mais baixos, o que não me parece que assim seja de todo...

A Sonae não é nenhuma instituição de caridade, nunca participou na mobilidade electrica na altura em que era tudo novidade, experimental, com postos gratis para incentivar a ME.
Ao surgir agora é para ganhar dinheiro e não só pela via de novos clientes, mas mesmo que seja um projecto custo zero, há muita margem para que um OPC nas mesmas condições (sem CEME e TAR's) possa praticar preços mais baixos na rede publica, que os atuais.

A Ionity anunciou preços elevados para o publico em geral, mas a quem a rede realmente se destina os valores ficam a baixo dos 0,3€/kWh (rede de carregadores ultra rápidos).

frankesousa Escreveu: ↑

18 set 2020, 11:40

Já fiz umas contas e cheguei à simples conclusão que esses carregadores do continente estarão pagos e a dar rendimento mais ou menos NUNCA pelo preços praticados. Não se esqueçam que é preciso manter o sistema e tratar de eventuais avarias, o que basicamente como a pouca receita que aquilo terá.

Fizemos as contas na altura do início do pagamento total da rede pública e concluímos que nunca um OPC podia ter preços inferiores a 2-3cts/min para que fizesse sentido. O certo é que há PNC a 0,5 e 0,7cts/min em funcionamento. E muitos!
A conclusão óbvia é: não sabemos fazer contas

Estes postos têm contas muito diferentes. O custo da energia deve andar pelos 4cts/kWh. O custo da potência já lá está (fornecimento do shopping) ou, eventualmente, poderá ter sido aumentado mas não é a mesma coisa que ter um fornecimento separado, dedicado a cada posto. Depois há a negociação: a Sonae não tem preços equiparáveis a uma PME que seja fornecida em MT

zeuz Escreveu: ↑

18 set 2020, 14:31

E ainda falta a taxa para a Mobi.e, que mais dia, menos dia, também entrará na equação...

Medo...

E não esquecer que os postos públicos LIDL, Auchan, E.Lecerc (e outros a chegar) estão disponíveis 24h e os do Continente só durante as horas de expediente das lojas, para ter clientes a fazer compras durante esse serviço.

Se fizermos as contas e formos a contar com os fins de semana típicos à mobie, tenho dúvidas de quais é que estarão disponíveis mais tempo

É só fazer as contas com os 2 ou 3 sábados, típico de quem só vê copos meio vazios.