mjr Escreveu: ↑21 out 2018, 10:55
OK, não é um mercado completo pleno, mas é um mercado. Qualquer empresa se pode constituir como CEME e qualquer empresa se pode constituir como OPC. Existem dezenas de OPC registados na Mobi.e (muitos só para PCN) e para já 4 CEMEs. Só pode haver uma entidade gestora, é verdade.
Este modelo já foi anunciado como sendo assim há muito tempo, e publicamente explicado pelo menos desde o ENVE no Porto em julho de 2017. Eu sempre tive algumas reticências por não permitir a liberdade de qualquer um criar em locais de acesso público um PC, sendo obrigatória a sua integração na Mobi.e. Entretanto chegamos a uma fase insustentável de necessidade de iniciar os pagamentos com OPC a ficarem descapitalizados, acham que dava tempo para alterar agora o modelo e ficarmos mais 1 ano em "estudos"? A minha posição é para que o modelo avance como está e avaliar daqui a 12 meses.
O que é publico é aquilo que nos foi comunicado por email e que surgiu no site na mobi.e onde estava indicado que o preço de um carregamento seria compostos pelo valor da energia (CEME) + Serviço de carregamento (OPC) + taxa mobi.e.
Tudo o resto foi resultado de um ano de "devaneios" que o resultado final é o que acabamos de conhecer esta semana. No final a sensação que dá é que cada "player" acaba por cobrar a sua parte (CEME ou OPC) ao um pouco de acordo com o seu interesse.
1 Ano foi tempo mais do que suficiente para se chegar a um resultado muito melhor que o actual, o problema é que não houve mão de ferro de que deveria defender a ME, esse é que foi o problema.
Mais uma vez digo, será que o que se passa lá fora não é mais do que uma prova de que não se poderia ter simplificado este processo?
Mais, apesar da legislação impor o contrato com o CEME, não justifica que hajam tarifas bi-horárias, uns CEME's cobrarem KWh e outro tempo, por exemplo.
mjr Escreveu: ↑21 out 2018, 10:55
Sobre os custos de amortização que alguém aqui colocou que deveriam ser de dezenas de anos digo que não faz qualquer sentida a nível empresarial pensar assim. Isso só se faz para grandes infra-estruturas (barragens, pontes, etc), nunca em equipamentos que se podem tornar obsoletos e avariar. Eu dei a minha opinião a um OPC que deveria ser a 5 anos, assumindo algum risco, e eles estavam com "batalhas" internas sobre este assunto, com algumas opiniões internas a achar que deveriam ser 2 anos. Ninguém gosta de perder dinheiro.
Fui eu que falei das amortização, e volto a referir exactamente o mesmo. Apesar de não ter entrado em grandes pormenores (porque este não é o local mais indicado), acrescento que mais algum detalhe para que não fiquei nenhuma ideia errada.
Eu referi "muitos e muitos anos" propositadamente. Não era nem de longe nem de perto algo que se aproxime das barragens ou pontes, que são infraestruturas que são amortizadas (30 anos).
Quanto referi "elevado investimento no arranque", estava-me a referir às despesas de instalação dos postos de carregamento (infraestruras, não os postos em si), neste caso sendo considerados infraestruturas de electricidade podem ser amortizados em 10 anos (um pouco abaixo dos 20 que referi, sem grande rigor..)
Não posso deixar de dizer que um PCR deveria ser amortizado em 2 anos é algo sem sentido, ao nivel da mentalidade do tipico empresario que quer que a suja empresa dê lucro 0 ou prejuizo para não pagar impostos.
Mesmo 5 anos tenho dividas que seja correcto, o avariar é subjectivo, já que a manutenção e as avarias dos equipamentos do activo é algo perfeitamente normal de acontecer.
O passar a ser obsoleto, é determinado com base no quê? Os Equipamentos já levanm 2 anos, não é expectável que daqui a 6 ou 7 anos possam continuar a servir os VE de 1ª geração? O Facto de aparecerem os ultra-rápidos não impossibilita que um postos de 50 kW continue a ser válido para VE's mais antigos.
Seguramento que a AT esclarecerá o assunto e quem decida amortizar um carregador por um periodo mais curto, terá de fazer a correcção fiscal dessa situação.
mjr Escreveu: ↑21 out 2018, 10:55
Sobre a complexidade de poder ser ao kW e ao minuto, também já dei a minha opinião há muito tempo. Ao kW.h não garante a rotação do posto, um bem escasso, e ao minuto prejudica os veículos que carregam mais lento. Eu acho que se devia complexificar, cobrando ao kW.h para potências de carga efetivas acima de 25kW e ao minuto para potências abaixo. Mas isso sou eu que gosto de complexificar. A Prio.e fica com um preço equivalente ao dos outros CEMEs para uma potência de carga média um pouco acima dos 30kW. Compensa para Teslas, Ioniqs, Leaf30, Leaf40 rapidgate off, etc. Para Leaf 24, iOn, eGolf e outros não compensa.
Todos nós comprendemos que há o dilema de defender a rotação da utilização dos postos ou cobrar pelo tempo esquecendo que a bateria é "abastecida" com kWh, mão acho que seja uma questão muito complexa, será sempre um critério, numa fase incial poderia ser preferivel optar por um deles, para que fosse mais simples o entendimento de alguém que ainda não anda no mundo da ME, mas não aqui que está o grende problema ...