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Sinceramente acho que os postos não deveriam cobrar o Kwh, mas sim o tempo de carregamento, será o modelo mais justo, agora um PCR de 50kwh terá um preço diferente de um de 22kwh e de um 7,2kwh, etc.

O custo por minuto será ajustado a velocidade de carregamento DO POSTO, logo ai cada um vai procurar um posto adequado ao tipo de carregamento mais eficiente economicamente para o seu caso, reduzindo os casos de híbridos a carregarem a 3,6kwh num PCR, apenas vão carregar aqui quem não saiba o que tem nas mãos.

No caso do Leaf do trabalho vai continuar a fazer os mesmos trajectos que até agora, carregamento sempre em "casa", não vai ser por ia que a filosofia de troca da frota por VE vai ser alterada, no entanto está previsto manter um carro a gasóleo para as viagens maiores, pelo menos num futuro próximo.

No meu entender se o pagamento dos carregamentos for ajustado a um valor justo que permita por um lado o carregamento a preço competitivo para os donos dos carros e um lucro interessante para os postos de carregamento, a mobilidade eléctrica tem a ganhar, pois irá existir interesse em expandir a rede, o que vai fazer com que as limitações de autonomia sejam cada vez menos um limite a penetração dos VE.

Carrego prioritariamente em casa, talvez 75/80% dos carregamentos que tenho feito.
É uma lastima o estado da rede, é o único ponto negativo que aponto nesta aventura de VE. Este efetivamente um argumento para o pagamento mas não acredito que isso vá acontecer. Os operadores vão tentar obter como é expectável o maximo de rentabilidade possível e para isso não vislumbro grandes investimentos. A não ser que o estado pague! Então para quê o operador?
Sou da opinião da manutenção da gratuitidade dos carregamentos. A ME não está assim tão difundida pela população em geral. É preciso continuar a incentivar e a demonstrar que é este o caminho.
Caso contrário, só mesmo por obrigação, com medidas drásticas, penalizando ainda mais os fumarentos, diesel principalmente, proibições de entrada nas cidades etc.
Ainda assim, se pagasse no posto ao preço que tenho em casa, votaria favorávelmente!

A minha opinião é que a energia nos postos de abastecimento deveria ser paga ao preço que pagamos em casa, ou seja durante a noite á volta de 0.11 kw e durante o dia á volta de 0.22 kw , pois durante a noite á excesso de produção de electricidade.

O lucro dos respectivos operadores deveria ser pago pelo estado , que iria usar o tal imposto sobre o carbono que aplicou nos combustíveis.

Alem disso sobre o preço que pagamos á edp , mais de 50% é para impostos, portanto assim dava para todos, o estado continua a incentivar a mobilidade eléctrica, continuava a arrecadar impostos , e o pessoal continuava a usar ve em deslocações longas.

Se me permitem, e de forma a clarificar o meu ponto de vista, elaboremos um exercício com uns cálculos simples, daqueles tipo de merceeiro, feitos nas costas de um envelope.

Seguindo o princípio do poluidor/pagador, adoptado como leitmotiv pela legislação europeia, ou mesmo pelo protocolo de Quito e acordo de Paris, poderíamos dar azo a alguma imaginação e obter o seguinte:

Segundo os dados oficiais da Apetro, foram comercializados em Portugal em 2016 as seguintes quantidades de combustíveis rodoviários:
- Gasóleo: 4.351.310 Ton x 0,85 Kg/L = 5.119.188.235 L
- Gasolina: 1.052.558 Ton x 0,75 Kg/L = 1.403.410.666 L
Total de combustíveis rodoviários consumidos em Portugal durante o ano de 2016: 6.522.598.901 L

Agora suponhamos que aplicamos sobre esta quantidade um valor simbólico de € 0,01/L como imposto para uma mobilidade mais amiga do ambiente e sustentável (na minha modesta opinião o consumidor nem daría por ele, não obstante devendo dar, pelo simbolismo e carácter qualitativo inerente):

6.522.598.901 x € 0,01 = € 65.225.989

Peguemos agora no valor que adiantei no início deste tópico como possível para o preço kWh (não andará longe segundo algumas vozes a que tive acesso), muito mais do que suficiente para a sustentabilidade dos operadores:

€ 65.225.989 / 0,50 = 130.451.978 kWh

Logo teríamos este gordo valor para distribuir pelos utilizadores de VE's. Se presumirmos que existem 4.500 viaturas (BEV's e PHEV's) que carreguem em postos públicos em Portugal, teríamos:

130.451.978 kWh / 4.500 = 28.989 kWh para cada viatura, por ano.

Sendo que, regressando à média clássica de 15 kWh/100 km, chegaríamos à conclusão de que o tal imposto de € 0,01 de combustível rodoviário vendido em Portugal durante um ano, serviria para que cada condutor de VE's percorresse 193.260 km por ano, sem quaisquer custos e sem necessidade de afectação de recursos do estado!

Esta ideia não seria facilmente defensável?


P.S.: Se algum cálculo ou raciocínio estiver errado, agradeço que me corrijam e desde já as minha desculpas, pois foram feitos "à bolina", ou seja, ao sabor da escrita.

Essas contas foram feitas há algum tempo aqui no fórum num tópico sobre que ideias apresentar ao governo.
viewtopic.php?f=24&t=4730&hilit=Orlando ... 140#p58055

Com esse cêntimo por litro, teríamos dinheiro para a energia, novos postos, manutenção, incentivos para aquisição de carros, motas e bicicletas, etc. Até sobraria para plantar árvores!

Infelizmente, aparentemente a maioria só quer a privatização da rede. Um dia ficaremos a saber quais deles lucraram com essas privatização

Gameiro101 Escreveu:cada um vai procurar um posto adequado ao tipo de carregamento mais eficiente economicamente para o seu caso, reduzindo os casos de híbridos a carregarem a 3,6kwh num PCR, apenas vão carregar aqui quem não saiba o que tem nas mãos.

Sinceramente não me parece boa ideia, em AC o meu carro também só carrega a 3,6kwh se os postos forem, como dizem, atualizados para 7 ou 22kw irá suceder já não existirem postos "adequados" ao meu carro!
Acho que terá de ser pago ao kWh e o kWh nos PCR's ser consideravelmente mais caro pois a infraestrutura é mais cara! Só isto acho que fará com que não se use os PCR's para carregar a 3,6kW, podem eventualmente implementar uma taxa extra por kWh quando SOC acima de 90% e/ou velocidade de carga abaixo de 5(ou 10)kW.

Alx99: Isso é uma excelente ideia mas nunca vai ver a luz do dia porque não enche os bolsos a ninguém...

Gameiro101 Escreveu:Sinceramente acho que os postos não deveriam cobrar o Kwh, mas sim o tempo de carregamento, será o modelo mais justo, agora um PCR de 50kwh terá um preço diferente de um de 22kwh e de um 7,2kwh, etc.

O custo por minuto será ajustado a velocidade de carregamento DO POSTO, logo ai cada um vai procurar um posto adequado ao tipo de carregamento mais eficiente economicamente para o seu caso, reduzindo os casos de híbridos a carregarem a 3,6kwh num PCR, apenas vão carregar aqui quem não saiba o que tem nas mãos.

Acho que isso ia ser um desastre sem postos de todas as potências lado a lado. E dado a dificuldade em termos uma rede que cubra o país todo, não estou a ver isso a acontecer num futuro próximo. Se num sítio existe apenas um par de postos a 22kW uma pessoa com um VE que só carrega a 3.3 ou 6.6kW vai ter de pagar mais por isso, sem ter outra opção? Já os PCRs é outra história, e compreende-se pois o custo do equipamento é brutalmente diferente. Agora PCLs de 7 e 22kW já não são tão diferentes assim.

por mim os PCRs eram cobrados ao tempo e os PCNs cobrados à energia.

A manutenção da gratuitidade como até agora para fomentar a ME, ou por descriminação positiva como o Alx99 refere acima, tem como medida positiva para o Estado a diminuição da dependência do petróleo e consequente, objetivo de diminuição do peso na balança comercial das importações.
Já quanto à energia com origem em fontes renováveis, estamos bem mas até poderemos, caso exista essa vontade, ficar ainda melhor. Nesse ponto só dependemos de nós e não de terceiros.
Até temos melhores condições que na Noruega, porque não compiam os bons exemplos?
Clientelismo, será?

sparrow Escreveu:por mim os PCRs eram cobrados ao tempo e os PCNs cobrados à energia.

Acho que os PCNs poderiam ser cobrados ao tempo, não tanto tendo em conta o carregamento de energia, mas mais por ocupação de um lugar, sendo o pagamento mais para pagar o estacionamento do que a energia consumida.

Os carros que apenas carregam a 3,6kw estamos a falar de híbridos, ou limitações dos EV nos postos "não PCR"?