Clubeletricos.com

Caros

Nos últimos dias tenho andado a pensar numa ideia que já me surgiu há algum tempo tendo por base a rede de carregadores já falados aqui. Apesar da maioria de nós pensar que o que é realmente necessário são muito PCR a verdade é que mais de 90% do tempo o carro está parado. A rede Mobie é interessante mas devido ao baixo investimento em manutenção muitos dos postos encontram-se desligados ou simplesmente vandalizados.

Assim porque não lançar uma rede ao estilo do Chargepoint (www.chargepoint.com) em território nacional mas com tecnologia 100% Portuguesa. De um pequeno brainstorming eis o que me surgiu.

Pontos de Carregamento adquiridos por Particulares/empresas ou autarquias
Pontos de Carregamento com fêmea Mennekes (3.6, 7.2, 22 kw) de reduzidas dimensões
Ativação por RFID (cartão próprio ou partilhado Mobi.e) ou ativação por QR Code (privacidade)
Ligação GPRS/WIfi/Cabo para contacto com servidores
Preço variável e decidido pelo dono do Ponto de Carregamento
Possibilidade de ligação a estruturas de produção elétrica já existentes
Parceria com distribuidores de energia limpa

Vantagens: O dono do Posto usa o como se fosse a sua wallbox e rentabiliza o investimento quando não está em casa
Reforço da rede nacional e disponibilidade de uma rede alargada
Aposta em tecnologia nacional e na simplicidade,
Custos partilhados entre gestor sistema, dono dos Pontos de carregamento e utilizador

Vejo esta ideia para média e grandes cidades, sei que um dos desafios é a questão do fornecimento de energia mas se a Galp cede a sua energia para carregar será possível contornar esse impedimento dos privados venderem energia.
Procuro feedback e de criticas.

Atenciosamente

O único impedimento é legal, senão isso era perfeitamente possível com o EVSE Colaborativo em que estou a trabalhar com o Apr. A energia não pode ser vendida à unidade (kWh) por uma entidade que não esteja registada como comercializador de electricidade: por isso é que nos parques de campismo/caravanismo têm que cobrar o acesso à electricidade ao dia independente do consumo.
A Galp pode vender energia ao kWh porque desde a liberalização do mercado já é um comercializador de electricidade.

Eles têm tudo muito bem armadilhado em termos jurídicos...
A única hipótese é na economia informal...

Neste tópico gostava de me concentrar nos desafios a ultrapassar e como viabilizar tal ideia.

eu sempre gostei da ideia de sermos autonomos na partilha de energia, mas os nossos contratos de energia particulares tem todos clausulas abusivas que, se forem lidas em sentido literal, nem permitem que um amigo carregue o telemovel em casa de outro.

Obviamente que nada acontece agora, mas se um projeto desta natureza avançasse o que é que nos esperaria?

Se houver suporte legal a esta ideia estou interessado em participar, a venda do "serviço" pode ser efetuada através de tempo, p/ex comprar no multibanco 1 dia de carregamento livre em qualquer posto, e recebe-se um codigo que é inserido no posto, por exemplo. Também se poder reservar a utilização do posto com antecedência.

eu não percebo nada de legalidade, por isso se arranjarem forma cá estarei.

Fiche

E porque não começar por usar a mCell 5G

https://www.youtube.com/watch?v=BfTAGbpgKl0

RJSC Escreveu:O único impedimento é legal, senão isso era perfeitamente possível com o EVSE Colaborativo em que estou a trabalhar com o Apr. A energia não pode ser vendida à unidade (kWh) por uma entidade que não esteja registada como comercializador de electricidade: por isso é que nos parques de campismo/caravanismo têm que cobrar o acesso à electricidade ao dia independente do consumo.
A Galp pode vender energia ao kWh porque desde a liberalização do mercado já é um comercializador de electricidade.

Eles têm tudo muito bem armadilhado em termos jurídicos...
A única hipótese é na economia informal...

Para carros é mais simples, pois como a carga é feita a corrente constante a cobrança ao minuto não irá diferir muito da cobrança ao kW.h. E penso que cobrar ao minuto já seria "legal".

mjr Escreveu:

RJSC Escreveu:O único impedimento é legal, senão isso era perfeitamente possível com o EVSE Colaborativo em que estou a trabalhar com o Apr. A energia não pode ser vendida à unidade (kWh) por uma entidade que não esteja registada como comercializador de electricidade: por isso é que nos parques de campismo/caravanismo têm que cobrar o acesso à electricidade ao dia independente do consumo.
A Galp pode vender energia ao kWh porque desde a liberalização do mercado já é um comercializador de electricidade.

Eles têm tudo muito bem armadilhado em termos jurídicos...
A única hipótese é na economia informal...

Para carros é mais simples, pois como a carga é feita a corrente constante a cobrança ao minuto não irá diferir muito da cobrança ao kW.h. E penso que cobrar ao minuto já seria "legal".

Qual/Quais as empresas (operadores) que comercializam energia que não permitem vender os Kw apenas?
Qual o procedimento e custo para a criação de um operador de fornecimento de energia para veículos?
É obrigado a integração na rede Mobi.E?

Referência:
Portaria n.º 240/2015, de 12 de agosto
Portaria n.º 1232/2010, de 9 de dezembro

- licença de operador de pontos de carregamento - 1.000 euros;
- registo de comercializador de eletricidade para a mobilidade elétrica - 1.000 euros;
- taxa de inspeção pela realização de inspeções periódicas - 200 euros.

Segundo as regras da organização, acesso e exercício das atividades de mobilidade elétrica, constitui contraordenação punível com coima entre os 300 e os 3.000 euros, ou entre 4.000 e 40.000 euros (consoante seja aplicada a pessoa singular ou coletiva) a comercialização de eletricidade para a mobilidade sem a devida licença, bem como a disponibilização de pontos de carregamento por entidades que não estejam devidamente licenciadas para o efeito.

Comete também contraordenação, punível com coimas de igual valor o operador que não assegure a operação dos respetivos pontos de carregamento por entidade licenciada para o efeito. O mesmo acontece com a ausência de solicitação de pontos de carregamento, pelo respetivo operador de pontos de carregamento, para que esses pontos de carregamento com acesso à via pública sejam integrados na rede de mobilidade elétrica.

Os valores das taxas são atualizados anualmente, e de modo automático, com base na evolução anual do índice de preços no consumidor (excluindo habitação), sendo o valor final arredondado para a dezena de cêntimos de euro imediatamente superior, salvo no caso de a aplicação desse índice não resultar num incremento dos respetivos montantes.

http://ind.millenniumbcp.pt/pt/geral/fi ... taxas.aspx

A ideia seria um operador a ser constituido faturar a eletricidade gasta, o dono da casa receberia pelo "aluguer do equipamento/espaço variavel em função dos Kwh, ou seja os kw nãos seria o "bem" transaccionado.

Outra possibilidade era fazer parceria com um operador tipo copernico e quem instalasse o posto mudaria para a mesma, a copernico permitiria a faturaçao ao operador de mobilidade elétrica e o operador faturava ao cliente....