Carregamentos pagos a partir de dia 1 de novembro

[frankesousa]

Não sei se é complicado ou não, nem ninguém é obrigado a saber, sei que não é aceitável o tempo que a EDP leva a neste processo todo, por isso disse que com vontade politico tudo se ultrapassa e mesmo que existam argumentos para a demora, deveria ser criado um regime especial para acelerar a implementação dos postos de carregamento.

Mas o que me "confunde" é a EDP demora muito para um posto sentido Norte-Sul mas o posto Sul-Norte foi rápido?

Talvez não haja PT no local para 2*50kW + 2*43kW .

As coisas também não são só papéis, e alguém tem de pagar a conta, e talvez ninguém a queira pagar!

[rimsilva]

O Exemplo que dei é o na cidade de Famalicão, 1 PCR e 1 PCN.

Como disse pode existir mil e uma razões (falta de potência na zona, obras na via publica, etc...), mas não é aceitável. Não me digam que não há uma analise prévia, o postos já lá está.

Andamos nisto há mais de 2 anos, os problemas são mais do que conhecidos, o problema é não haver obrigação de prazos e sanções para quem não cumprir.

[frankesousa]

Cá temos um aumento de preço por parte da EDP devido ao "aumento" da TAR:

[BrunoAlves]

Também tenho
Continua a ser o mais barato fora de vazio.

[BrunoFonseca]

Cá temos um aumento de preço por parte da EDP devido ao "aumento" da TAR:

É só um aumento de 4,9%...
Os OPC asfixiados, os CEME a encherem-se

[mjr]

Eu não partilho dessa ideia que os CEME ganham assim tanto. Tirando ao valor por kW.h a TAR e o preço de aquisição no mercado de eletricidade, a margem bruta é bem menor do que a dos OPC dos PCRs.

Exemplo para o caso da EDP:
Fora de vazio:
Custo kW.h com desconto: 0.21*0.8= 0,168€/kW.h
TAR fora de vazio: 0.1058€/kW.h - 0.0245€/kW.h (subsidio do fundo ambiental) = 0.0813€/kW.h
Custo da eletricidade efetivamente vendida: 0.168-0.0813 = 0.0867€/kW.h

Hoje o custo da eletricidade no mercado grossista anda pelos 0.05€/kW.h, portanto a margem bruta da EDP neste caso é de 0.0867 - 0.05 = 0.0367€/kW.h.

Não me parece um valor assim tão elevado, tendo em conta que é uma margem bruta, faltando contabilizar os custos indiretos (pessoal, FSE, financeiros, etc).

Sobre a TAR, esta serve para entre outras coisas pagar à REN pelo uso da rede de distribuição (a grande fatia) e mais uma série de coisas do sistema elétrico. Mas não vai nada para o CEME. Quem quiser saber tudo sobre a TAR pode ler este documento:

http://www.erse.pt/pt/electricidade/tar ... 202019.pdf

[BrunoAlves]

Por isso (também) é que este modelo é ridículo.

Esse valor da TAR é para o fornecimento em BTN, bi-horário fora de vazio.
Mas se um OPC tiver um PCR a funcionar com DC + AC, provavelmente terá 100kVA. Média?
Se um OPC tiver 2 PCR ao lado um do outro, terá provavelmente mais de 100kVA (isto se forem só DC). Média?
Se a Ionity quiser cá instalar um PCR de 350kW terá forçosamente de usar média.
As contas da TAR não têm nada a ver nesses casos, o custo máximo da TAR para a ponta no período mais caro é menos de metade que esses 10,5cts. Em períodos menos críticos é uma fracção disso.

Então, estaremos a pagar TAR à distribuição de fornecimento doméstico quando na realidade há fornecimento em média?

É o OPC que tem de escolher o que melhor o serve em termos de fornecimento. Fazer o preço final ao consumidor. Preço afixado no posto, sem calculadora (e com IVA, já agora!).

[BrunoFonseca]

Eu não partilho dessa ideia que os CEME ganham assim tanto. Tirando ao valor por kW.h a TAR e o preço de aquisição no mercado de eletricidade, a margem bruta é bem menor do que a dos OPC dos PCRs.

Exemplo para o caso da EDP:
Fora de vazio:
Custo kW.h com desconto: 0.21*0.8= 0,168€/kW.h
TAR fora de vazio: 0.1058€/kW.h - 0.0245€/kW.h (subsidio do fundo ambiental) = 0.0813€/kW.h
Custo da eletricidade efetivamente vendida: 0.168-0.0813 = 0.0867€/kW.h

Hoje o custo da eletricidade no mercado grossista anda pelos 0.05€/kW.h, portanto a margem bruta da EDP neste caso é de 0.0867 - 0.05 = 0.0367€/kW.h.

Não me parece um valor assim tão elevado, tendo em conta que é uma margem bruta, faltando contabilizar os custos indiretos (pessoal, FSE, financeiros, etc).

Sobre a TAR, esta serve para entre outras coisas pagar à REN pelo uso da rede de distribuição (a grande fatia) e mais uma série de coisas do sistema elétrico. Mas não vai nada para o CEME. Quem quiser saber tudo sobre a TAR pode ler este documento:

http://www.erse.pt/pt/electricidade/tar ... 202019.pdf

Ok, então os OPC não têm margem, os CEME não têm margem. Quem é que está a ganhar aqui o dinheiro? O Estado? A EGME? A REN? A DGEG?
Ou o problema é haverem demasiados intervenientes no processo, não sendo rentável para ninguém?

...E quem se trama? O Consumidor, neste caso o UVE.

Também é engraçado ouvir dizer que temos a electricidade mais cara (ou das mais caras) da Europa.
Também é engraçado ler noticias dos leilões das renováveis que fazem baixar o preço do mWh e do kWh para mínimos absolutos a nível global (algo como 2 a 3 cêntimos por kWh), mas nós iremos sempre pagar a electricidade mais cara...

[mjr]

@BrunoAlves

Fornecimento em média? Mas que OPC é que compra eletricidade em média? Que eu conheça só a Tesla na sua rede própria é que compra em média, devido às potências envolvidas.

Recordo que quem compra em média tem de ter um PT às suas custas, e estes não são nada baratos...

[mjr]

Tem havido aqui uma série de confusões sobre o mercado de eletricidade que é importante desmistificar.

O custo da eletricidade da não é apenas o valor indicado nesses concursos. Esse é apenas o custo da eletricidade do produtor, falta ainda o transporte e distribuição, que não são propriamente baratos.

Além disso, estamos ainda a pagar as tarifas de feed-in de uma série de eólicas, e, em muito menor parte em valor absoluto, das solares que eram pagas a peso de ouro.

Mais os CMEC.

E outras coisas que a tutela se lembra de colocar dentro da TAR. Tudo isto acresce ao preço da eletricidade.

E, claro, O IVA A 23%, que é o elefante na sala dos custos de um serviço essencial. Estamos perto das eleições, vamos ver o que dizem os partidos.