Regulamento da Mobilidade Elétrica

[migle]

O da Prio escapou-me. Está mesmo bom para o aeroporto, e não só... Espero que tenham deixado espaço para muitos...

[jfr2006]

da Galp é que não se vê pouco...

Quando numa página da empresa (https://galpelectric.pt/mobilidade-elec ... e-eletrica) em 2019 temos esta pérola:

Até 2018, a Galp pretende duplicar o número de pontos de carregamento rápido nas áreas de serviço, conseguindo assim representatividade por todo o país.

Acho que está tudo dito

[caz]

O posto de carregamento mais utilizado no país penso que deveria ser o da 2ª circular em Lisboa (EDP). Está desligado desde Agosto... menos de um km ao lado está outro da Mobielectric que ficou sem Chademo já à largos meses...

Se nestes locais nem reparam os PCR, estão à espera do milagre de instalação de postos de carregamento no interior do país ????

[rimsilva]

Quando numa página da empresa (https://galpelectric.pt/mobilidade-elec ... e-eletrica) em 2019 temos esta pérola:

Até 2018, a Galp pretende duplicar o número de pontos de carregamento rápido nas áreas de serviço, conseguindo assim representatividade por todo o país.

Acho que está tudo dito

Essa treta já vem do ENVE de 2017, como por diversas vezes o referi, mas deixar essa imagem de desleixo no site é revelador de muita coisa...

O posto de carregamento mais utilizado no país penso que deveria ser o da 2ª circular em Lisboa (EDP). Está desligado desde Agosto... menos de um km ao lado está outro da Mobielectric que ficou sem Chademo já à largos meses...

Se nestes locais nem reparam os PCR, estão à espera do milagre de instalação de postos de carregamento no interior do país ????

claro, por isso é que não chega abrir o mercado a 100% aos privados, é preciso haver uma estratégia do país e nunca andar a lançar concursos publicos para instalar PCR's nas cidades e deixar as AE no estado em que estão....

[caz]

Com uma revisão do regulamento da mobilidade elétrica em que os OPC têm de pagar 500€/ mês à Mobi.E, é óbvio que para os OPC é melhor que os postos fiquem avariados (ou desligados).

A questão do interior só se resolve com apoios do estado. Já no litoral acho que bastava acabarem com as taxas da Mobie aos OPC e o termo fixo de potência (que antigamente se chamava aluguer do contador) e passar a cobrar toda a energia como já cobram nos carregamentos (em que a TAR é mais cara para acomodar as componentes fixas).

Actualmente, quando os OPC fazem contas, para além do investimento inicial, têm de fazer quanto têm de estar a suportar em custos até que existam carros suficientes para fazer face ao seu investimento e custos mensais. Retirando estas componentes, o custo recorrente passava a ser variável, logo diminuía significativamente o risco

Para pagar à Mobie, basta os CEME cobrarem-nos directamente uma taxa quando fazemos os carregamentos. Já que querem seguir o modelo da SIBS cobrem ≤3%.

[BrunoFonseca]

Com uma revisão do regulamento da mobilidade elétrica em que os OPC têm de pagar 500€/ mês à Mobi.E, é óbvio que para os OPC é melhor que os postos fiquem avariados (ou desligados).

A questão do interior só se resolve com apoios do estado. Já no litoral acho que bastava acabarem com as taxas da Mobie aos OPC e o termo fixo de potência (que antigamente se chamava aluguer do contador) e passar a cobrar toda a energia como já cobram nos carregamentos (em que a TAR é mais cara para acomodar as componentes fixas).

Actualmente, quando os OPC fazem contas, para além do investimento inicial, têm de fazer quanto têm de estar a suportar em custos até que existam carros suficientes para fazer face ao seu investimento e custos mensais. Retirando estas componentes, o custo recorrente passava a ser variável, logo diminuía significativamente o risco

Para pagar à Mobie, basta os CEME cobrarem-nos directamente uma taxa quando fazemos os carregamentos. Já que querem seguir o modelo da SIBS cobrem ≤3%.

Façamos então um levantamento dos custos de um OPC:
1) Licença OPC 1.000€
2) O Posto (entre ~3.000€ se for PCN e 18.000€ se for PCR)
3) Instalação do posto (entre ramais e diabo a 7, talvez uns 1.500€?? para PCN, não faço de todo ideia se for para PCR)
4) Custos de electricidade (running cost do posto ~175€ /ano?) - Não contempla a electricidade que vai do posto ao VE
5) Manutenção dos postos (~180€ /ano /posto?)
6) Contabilidade organizada (no minimo 150€/mes)
7) Seguro Responsabilidade Civil (prémio de um seguro obrigatório de 500.000€... não faço ideia quanto isto possa ficar)
8) Inspecção (de 4 em 4 anos pode ser alvo de inspecção com um custo de 200€ / posto)
9) Garantias Bancárias no valor de 2.000€ de 4 em 4 meses (julgo que garantias bancárias não é o mesmo que ter que pagar este valor a EGME)
10) Segundo o RME, o OPC deverá ter o seu próprio callcenter (não são especificos se bastará uma telefonista 24h/dia ou algo com mais prestigio, seja como for terá custos)
11) Vencimento da equipa de gestão. O negócio pode ter custos de outsourcing, mas o gestor da empresa tem que tirar algum para ele...
12) No meio disto tudo não sei se o OPC ainda terá que pagar mais taxas à EGME...
13) Possíveis rendas para colocar os postos em determinados sítios e/ou licenças

Será que a cobrarem entre 1,5 e 3 cêntimos / min conseguem fazer face a tantas despesas? (só com muitos postos para diluir custos fixo)
Será que a taxa de ocupação dos postos pagos é tão elevada como a dos gratuitos? (não me parece)

A minha conclusão é que a própria ME poderá estar a asfixiar, isto é, os 1ºs utilizadores de VE, devido a uma rede deficiente, têm na sua maioria postos de carregamento doméstico, logo não irão utilizar os postos públicos pagos por terem valores muito superiores aos praticados em casa. Por outro lado não surgem novos UVE pois os preços dos postos pagos+VE fica pouco atractivo face aos ICE. Assim os OPC têm que tratar "com pinças" o assunto do preço a cobrar, e isto acontece pois o CEME leva tudo...

[mjr]

Ainda gostava que me explicassem como é que "o CEME leva tudo", coisa que já li em muitos locais. Subtraiam ao preço que o CEME cobra a TAR e o custo da eletricidade comprada no mercado grossista e expliquem como é que 2 ou 3 cêntimos por kW.h é "levar tudo".

Exemplo:

A EDP cobra 0,168€/kW.h para clientes casa. Expurgando da TAR o preço por kW.h efetivamente cobrado é de 0,168 - (0.1058-0.0245) = 0.0867€/kW.h.
Ao retirar a este valor o custo da eletricidade no mercado grossista, considerando 0,05€/kW.h para fora de vazio, valor conservador na minha opinião, dá 0.0867-0.05 = 0.0367€/kW.h. Se 0,0367€/kW.h é levar tudo...

[BrunoAlves]

3 justificações:
- percepção do que vem na factura. Já o referi lá atrás, carreguei em Braga num PCN (que até é dos caros): 12€ dos quais menos de 4€ foram para o OPC. Na larga maioria dos postos é praticamente "meio meio", pelo menos.
- estás a dar o exemplo do valor mais baixo e está anexado a um desconto para clientes residenciais. Se não fores, são 20cts. Mas sejam 3-4 cêntimos. São tudo lucro, não têm de fazer NADA para o poder cobrar, senão existir, não acredito que comprar algumas centenas ou milhares de MWh a mais por mês aumente os custos operacionais... E a receita só tende a aumentar.
- não é claro que isso viesse a ser uma vantagem para o cliente mas, como já referi várias vezes, fornecimento de energia mais inteligente (MT, pendurarem-se em fornecimentos existentes, o que seja) e negociação global do fornecimento de certeza que fariam baixar o custo da electricidade para o operador. Novamente aquele carregamento em Braga, num grande shopping: a electricidade que saiu do posto custou isso? Não, nem de perto nem de longe, mas foi isso que paguei.

Fazendo o exercício ao contrário, juntando os custos de instalação e operação (e ainda agora com as propostas do RME, call center, garantias e um par de botas) à manutenção, etc, quanto é que vale ser OPC? Há um PCR em Lisboa que tem a Chademo avariada há vários meses, quanto tempo demora o OPC a cobrir este custo? Não seria lógico o CEME participar nos custos de manutenção dos equipamentos que lhe permitem ganhar dinheiro?
Não faz sentido é haver CEME nenhum. O OPC compra e instala o posto, compra a energia onde lhe for mais vantajoso, define um preço de venda. Fácil.

[Erbium]

Não faz sentido é haver CEME nenhum. O OPC compra e instala o posto, compra a energia onde lhe for mais vantajoso, define um preço de venda. Fácil.

Não consigo perceber que exista quem não consiga perceber isto!
Não consigo compreender como é possível alguém defender o atual modelo!

[jfr2006]

Ainda gostava que me explicassem como é que "o CEME leva tudo", coisa que já li em muitos locais. Subtraiam ao preço que o CEME cobra a TAR e o custo da eletricidade comprada no mercado grossista e expliquem como é que 2 ou 3 cêntimos por kW.h é "levar tudo".

Exemplo:

A EDP cobra 0,168€/kW.h para clientes casa. Expurgando da TAR o preço por kW.h efetivamente cobrado é de 0,168 - (0.1058-0.0245) = 0.0867€/kW.h.
Ao retirar a este valor o custo da eletricidade no mercado grossista, considerando 0,05€/kW.h para fora de vazio, valor conservador na minha opinião, dá 0.0867-0.05 = 0.0367€/kW.h. Se 0,0367€/kW.h é levar tudo...

Ainda gostava de saber porque é que ainda não te candidataste a politico..tens jeito para isso, pois a conversa é sempre a mesma e sempre a atirar areia para os olhos

Vamos a ver: a TAR é para a EDP distribuição, ou seja como alguém dizia: sai de um bolso, entra no outro
Comprar a electricidade? Porquê? A EDP não produz e não vende electricidade no mesmo mercado?
E ainda podíamos acrescentar as rendas que recebem, etc (os chamados custos de interesse geral, que na verdade são é lucros de interesse da empresa)...

Mas como 90% deste povinho deste país é burro, ainda acredita nessas tretas todas e votam sempre nos mesmos...