civic Escreveu: ↑27 abr 2024, 12:06
Nonnus Escreveu: ↑27 abr 2024, 08:21
Existe aí alguma contra informação.
Ambos podem e devem ser carregados a 100%, a diferença é que uma química não deve estar no estado a 100% por muito tempo, enquanto a outra pode estar.
Quanto ao orçamento que tem disponível para comprar um carro com 500km de autonomia, em vez de comprar novo pense num semi novo e vai que chega e sobra.
Nem é tanto o "pode estar", a questão dos 100% é prejudicial nas duas quimicas, só que nas LFP nota-se menos porque o tempo esperado de vida é maior, alem de que com niveis de tensão muito proximos entre o maximo e o minimo requer idas a 100% para o BMS não se perder.
Confesso que esta temática das baterias me causa muitas dúvidas. Mas agradeço as vossas explicações.
Eu tenho-me baseado naquilo que tenho lido na net e visto em vídeos no youtube:
- NMC: não carregar mais do que 80% (preferencialmente) porque acima disso pode levar a um sobreaquecimento da bateria (principalmente se for carregada em carregadores rápidos, o que também aumenta os custos por demorar mais tempo a carregar). Estas baterias também suportam temperaturas mais baixas pelo que mais facilmente atingem um estado de sobreaquecimento e eventual fuga térmica. Mas também já li que caso sejam carregadas a 100%, o carro não deverá ficar parado por muito tempo.
- LFP: devem ser carregadas a 100%, pelo menos uma vez por semana, para não se perder a "referência" da autonomia que têm. É isto o BMS? Ou seja, o sistema de gerenciamento das baterias? Se não for, o que significa "perder o BMS"? Também tenho lido que os carros com LFP podem ficar parados com 100% de carga durante dias. Por outro lado, não sobreaquecem tanto e suportam melhor temperaturas mais elevadas, reduzindo o risco de fugas térmicas.
Acresce que as LFP têm mais ciclos de carga que uma NMC. Mais do dobro.
Este tema dos ciclos de carga é outra coisa que tenho estado a tentar perceber. No início, tinha a ideia que um ciclo de carga corresponderia a cada vez que carregasse o carro, independentemente da carga que fosse. Mas já percebi que não é isso, a não ser que a bateria esteja a 100% e vá aos 0% e carregue a 100%. Imaginando este cenário: gastarei 20% de bateria diariamente. Sabendo isso, carrego todos os dias dos 60% aos 80%. 5 dias a carregar 20%, por dia, corresponde a 100% de cargas acumuladas. Isto significa que ao fim de 5 dias a carregar 20% por dia completou-se um ciclo de carga?
Outra dúvida. Imaginando um carro com bateria NMC. Já percebi que não se deve carregar em corrente rápida ou super rápida em postos públicos, acima dos 80% porque irá aquecer demasiado a bateria em virtude de o tempo de carga ser bastante superior acima dos 80% (o que aumentará, ainda mais, o custo do carregamento). E se carregar, por exemplo, em casa dos 80 aos 100% a 3,7 ou 7,4 kwh? O facto de ser uma carga mais lenta ajudará a bateria a não aquecer tanto? Bem sei que demorará ainda mais tempo. Mas, por exemplo, ser for durante a noite para ter o carro pronto para sair para o trabalho de manhã (em que terei bastantes horas para o carro carregar) a bateria será afetada ou aquecerá demasiado por fazer carregamentos até 100% a 3,7 ou 7,4 kwh? Ou seja, o que é pior para uma bateria? Carregar dos 80% aos 100% em 3 horas a 3,7khw ou carregar na rede pública dos 80% aos 100% numa hora a 50kwh? O que afetará mais a bateria? Menor tempo de carregamento mas com potência mais elevada ou maior tempo de carregamento com potência mais baixa?
Finalmente (pelo menos para já) tenho mais uma questão, que se prende com algo que me preocupa particularmente. O facto de no meu dia a dia ter de deixar o carro estacionado em local sem sombra. Como vivo no distrito de Santarém, o verão é sempre particularmente quente. Isto significa que nos meses de junho a setembro, o mais provável é ter grande parte dos dias de deixar o carro ao sol com temperaturas entre os 30 e os 40 graus... Ainda serão 3 ou 4 meses seguidos... Isto não afetará particularmente carros com bateria NMC (que têm menor resistência ao sobreaquecimento), com maior risco de fuga térmica? Ou os carros atuais já possuem todos sistemas internos que permitem manter as temperaturas numa taxa de calor aceitável? Já li que há marcas que têm arrefecimento líquido das baterias.
Nota final: a minha ideia inicial foi esperar pelo R5 elétrico porque gostei bastante do que vi. Estava convencido em comprar o carro assim que saísse. Mas depois quando comecei a ler tudo sobre baterias NMC e LFP fiquei confuso. O R5 terá NMC. Daí ter começado a olhar para o que existe em LFP (sendo que entre os modelos existentes, aquele que mais me agrada é o Smart #3 embora já ultrapasse um pouco a faixa dos 35k na versão LFP - mas está muito bem recheado de funcionalidades).
Obrigado mais uma vez a todos!
PS: quanto a carros de serviço também tenho estado a ver. O site da Santogal tem uma oferta bastante alargada. Aliás, vai ser na Santogal que vou fazer o test drive do Smart#3 na próxima semana.