Fil Escreveu: ↑22 jan 2019, 18:49
Não vejo as coisas dessa forma. Se tiverem de fazer isso claramente que não faz sentido. Se um operador tiver carregadores no seu parque pode (têm saído notícias nesse aspecto) vender energia e não estar ligado à mobi.e. Até temos exemplos de alguns que não são operadores e vendem energia com factura. Temos ainda o caso dos parque de campismo, mas por aí deve complicar ainda mais.
Quais noticias é que referem que um operador pode vender energia sem estar ligado à rede mobi.e? Aquelas da rede EDP? Sinceramente foi algo muito confuso que não se chegou a perceber bem o que era e não me recordo de ver nenhuma informação adicional de algo que tenha sido implementado. As noticias muitas vezes são más interpretações de certas mensagens.
Não tenho conhecimento de nenhuma referência na lei que obrigue os PCR's a ter chademo e CCS (talvez algum documento mais especifico, mas nunca vi), logo porque não ter os postos ligados à rede para uso de utentes que tenham carros compatíveis com esses postos? A Ionity também chegará com postos CCS (com o TM3 devem ser esperados mudanças nos SUC's).
Atualmente já existem vários postos de carregamento rápido que não podem ser usados por Zoe's com CR (e que anteriormente carregavam em AC 43 kW).
Os exemplos de empresas que carregadores que vendem energia (Nissan) é uma realidade, mas esse fato não legitima nada.
O caso do campismo, é um bom exemplo, porque na realidade sempre cobrou este serviço dentro da lei. As únicas particularidades é que nessa altura não existia a legislação sobre a ME, não usam carregadores para este serviço,nem têm a actividade de operadores. Apesar de estranho e um pouco contraditório, é algo perfeitamente "Normal" nas nossas leis (esquecimento de enquadramentos de situações já existentes nas novas leis ou até a coexistência de pontos contraditórios)
Não estou a dizer que a lei está correcta, bem pelo contrário, acho que é um absurdo em muitos aspecto, mas ela existe e tem de ser respeitada ou alterada.
A Tesla fez o que tinha a fazer para servir melhor os seus clientes, mas não pode estar acima da lei e por isso ou se adapta ou terá de tentar influenciar (até com o apoio de outras marcas ou operadores internacionais) o legislador a mudar a lei, para que possa cobrar a energia dentro da lei.
@migle, a lei não se esqueceu do modelo Tesla porque a lei é anterior à chegada dos SUC's, a meu ver o importante agora, é que se esteja atento a esta realidade (Tesla, Ionity, etc...) e se adapte a lei para que tudo funcione melhor, a rede única poderia ser aproveitada de outra forma, transformando-se em vantagens para todos e não o que se assiste hoje em dia.
O mesmo é válido para o modelo de cobrança do serviço de carregamentos, que é tudo menos um esquema simples e claro para todos.