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Fiz um TD ao i4 "normal" a semana passada.

É um VE sólido, com uma qualidade de construção e isolamento do habitáculo irrepreensíveis. Numa breve passagem pela Alemanha o veículo revelou-se muito confortável e estável, mesmo na Vmax.

Resumindo, o que gostei:
- Conforto, desde os bancos até à suspensão, o que não será alheio o facto de o eixo traseiro ter suspensão pneumática.
- Aceleração, mesmo tendo em conta ser a versão "base".
- Carplay sem fios.
- Mala generosa.
- Design atrativo.
- Regeneração mesmo com 100%.
- Chave com o telemóvel, Model 3 style.

O que não gostei:
- Volante muito grande e pouco direto.
- Túnel nos bancos de trás a retirar habitabilidade.
- Ruído artificial a imitar motor a combustão. Felizmente dá para desligar...
- Atraso entre carregar no acelerador a resposta. Nem se percebe bem porquê, pois a aceleração sobe abruptamente.
- Eficiência sofrível. Fiz 130W.h/km no meu trajeto normal face aos 105Wh.km que fiz no dia seguinte no meu TM3, com os mesmos cuidados na condução.
- Não ter frunk, pois tendo um volume vazio gigante na frente, poderia ter uma frunk gigantesca.

Não pude testar a carga pois recebi o carro com 100% e como só pude fazer 70km entreguei o carro com 75% de SOC.

Boa.

De facto não entendo porque algumas marcas metem um atraso na aceleração. Deve ser para imitar os motores a combustão.

Por acaso não notei grandes diferenças em termos de resposta ao acelerador (LAG) em relação ao LEAF, notei sim que o acelerador é mais progressivo tipo o LEAF em ECO, isto em todos os modos de condução ECO, CONFORT e SPORT, mas isto foi numa volta de cerca de 4 kms, já no conforto o M50 é uma tabua, e quanto ao volante até o achei demasiado pequeno dificultando a vista do quadrante, penso que o edrive40 o tem ligeiramente maior, vamos ver se amanhã tenho o carro para ver mais a fundo.

O M50 deve ter uma resposta diferente do eDrive 40 que testei, provavelmente nem terá atraso no acelerador... Se é igual ao Leaf não tem, de facto. Parece mais uma limitação artificial propositada no eDrive40 do que outra coisa. Se a aceleração subisse progressivamente quando esmagamos o acelerador ainda daria para perceber, mas o que acontece é um atraso puro, sentimos um coice violento... mas com atraso.

No M50 quantas voltas dá o volante? Eu desde que tenho o TM3 fiquei fã das 2 voltas, uma para cada lado.

E lá tive o i4 por umas horas, habituei-me rapido à coisa, e impressões mais consolidadas:
- Posição de condução soberba, todos os controlos à mão, tudo muito virado para o condutor como é habito da BMW, tinha ficado com impressão que o volante estorvava à visualização do quadrante mas afinando fica impec, pouco mais de uma volta para cada lado para virar tudo, diria 1 1/8, bancos com um encaixe perfeito.


- O espaço atrás parece-me muito espaçoso, mas a baterias elevam muito o chão fazendo com que os bancos tenham pouca altura, um problema para viagens maiores, é o preço para quem quer rasteirinhos.


- Andamento, confirmo o que tinha dito antes, não é preciso tanto, é preciso medir bem antes de ultrapassar senão já estamos em cima do outro, vem com pneus Hankook que me parecem bem a lidar com isso, apanhei um pouco de chuva e o comportamento exemplar.
Uma coisa que não notei no primeiro teste que fiz, existe um lag no acelerador que para quem vem de um CI não deve fazer diferença, mas estou habituado ao LEAF sem esse lag, ou seja, ao tocarmos inicialmente no acelerador a resposta não vem logo.


- Algumas coisa acerca do carregamento que gostei, tem montes de possibilidades de gestão do nivel da carga, desde tempo, nivel de baterias, limites de potência de carga,...


- Materiais, não gostei nada daquele "carbono" brilhante, e faz-me alguma confusão como está encaixado o ecran, aquilo vai ser um pincel de limpar...



Isto fica para já, o teste de consumo virá a seguir.

Quanto ao teste de consumo aconteceu uma coisa muito estranha, o inicio do teste seria a descer cerca de 6kms, o que para o i4 que é uma besta a regenerar seria muito benefico em termos de consumo, mas reparei que logo após o arranque o consumo ficou a zero, ou seja, toda essa descida não foi cantabilizada a energia regenerada, assim que começou a subir o consumo começou a contar como se estivesse a começar ali, comecei o teste com 80% de bateria e nessa descida recuperou 1%, será bug? Não faz nenhum sentido contabilizar a regeneração apenas quando tem algum consumo.
Mesmo assim continuei o teste e fui fazer o mesmo com o LEAF para ver a diferença, nessa mesma descida o consumo nunca chegou a zero, pois obviamente que já tinha consumido energia até ao inicio da descida, e quando começou a subir o consumo foi subindo lentamente, nota-se que estava a contabilizar o que regenerou.
O resultado:



Inclui uns 50% de N16 a acompanhar o transito e outro tanto de A25 a cerca de 120km/h.

A regeneração é brutal no i4, 99kWh.

Muito bem.
Ainda dizem que o Leaf é pouco eficiente, mas eu até o acho bastante eficiente. Aqui com o i4 nota-se bem. Claro que o i4 é mais potente e pesado, mas mesmo assim parece-me que tem um consumo um pouco elevado.

Acho que há qualquer coisa de errado na leitura de consumo do i4.
Vendo pelos valores instantaneos não deveria ser muito diferente do LEAF, alem de que existe esse "problema" que expliquei que não faz sentido nenhum.

Obrigado pela partilha.

Relativamente aos possiveis bugs, é bem provavel que assim seja.

Não sei se percebi bem a situação da regeneração, mas no i3 a regeneração é espectacular e torna a condução muita divertida até (é das coisas que mais me agrada no i3).

Sendo o i4 um carro muito mais pesado que um i3, certamente que o efeito regeneração deveria ser logo sentido, sobretudo nessa situação da descida).

No i3, qualquer desacelaração ou declive sem aceleração, mostra logo os kWh que a bateria está a "carregar", de forma instantanea.

Se no i4 não for assim, pessoalmente será um ponto negativo.

Acho que não percebeste o ponto, o i4 regenera à bruta, 99kWh é muita coisa, a questão é que pelo que vi, ao iniciares um percurso a descer ele começa logo a regenerar na mesma, os valores de consumo é que ficam a zero e quando começas a subir ele não considera essa regeneração que fez para o valor final da viagem, não sei se deu para perceber, gostava de ver como se comporta o i3 nesse capitulo.
Em comparação o LEAF nunca fica a zero, pois já tem algum consumo (até começar a descer) e quando começa a subir fá-lo muito lentamente, ou seja, considera o valor acumulado de regeneração, o i4 quando inicia a subida mostra logo valores de como se estivesse a começar a viagem.