Viagem a Sevilha
Para me deitar mesmo tarde, deixo aqui os pontos altos da minha viagem a Sevilha, na segunda-feira passada.
Estou a andar mais calmo. Depois de andar por aí a 120km/h e mais, feito maluco, começo a preocupar-me mais com a saúde (da bateria) e a interessar-me pelas possibilidades autonómicas das deslocações a 100km/h e 90km/h.
A viagem a Sevilha foi feita a 90km/h reais (a velocidade de GPS aparece no gráfico), porque: Faro-Sevilha são 200km. Se fosse a 100km/h, eu chegava ao PCR da IBIL com 2-3%. É óbvio que não podia fazer isso. Tinha feito uma viagem a 90km/h com média de 11,4kWh/100km a subir para Évora. Então escolhi os 90km/h porque achei que dava uma margem de segurança boa, e porque permitia também comparar com a viagem do Bjørn Nyland no Model 3 (14kWh/100km no final). O Bjørn fez isso à volta do vale central da Califórnia. A viagem Faro-Sevilha é também sempre na orla do vale do Guadalquivir.
A viagem foi feita com ligeiro levante, verifiquei a informação meteorológica. O dia esteve sempre quente e húmido como é característico. Já agora, o regresso foi já feito com outro vento, mais frio e tempestuoso, também contra.
Ainda pensei ir almoçar a Sanlúcar de Barrameda, foz do Guadalquivir e terra do manzanilla. Come-se muito mais barato, grande quantidades de pescaito frito. Chega-se a comer por 6-7€, biqueirões, choco frito, polvo frito, e todo esse tipo de comida. Dava para ir e voltar, carregando outra vez no PCR em Sevilha antes de regressar.
O problema maior foi que o PCR de Sevilha está castrado de várias formas. Primeiro, em potência, depois só carrega até aos 80%. Sanlúcar fica a 110km do PCR... 220km com 80% era demasiado puxado, mesmo andando devagar.
Fiz a asneira de carregar antes de estacionar o carro em Sevilha porque toda a informação no electromaps era de que o PCR não funcionaria. Eu arrisquei porque telefonei para a IBIL no domingo. Se não funcionasse, teria ainda de carregar num posto normal, talvez mesmo a 3,7kW o que ia exigir o dia todo.
Lá tive de comer calamares mais turísticos do que teria comido em Sanlúcar.
Os termómetros na rua indicavam 34°C. Quando regressei ao carro ele indicava 36°C, o BMS dava 33°C para a bateria (tinha arrefecido 3°C desde o PCR que a aqueceu só até aos 36°C por ser castrado). Como ia precisar do AC fui carregar mais um cheirinho no IKEA.
Saí com 95% e só depois do IKEA liguei o AC (antes não havia certezas...). A média então foi muito pior, porque o carro ainda estava quentíssimo.
O vento também mudou, novamente contra e frio. A tal ponto que ainda apanhei 16°C em Espanha.
Finalmente, as médias:
O cartão da IBIL que recebi em casa (só é necessário se não tivermos rede no telemóvel, e o PCR tiver rede, ou seja, nunca):
E estamos um passo mais próximo de conquistarmos a Europa: